segunda-feira, 2 de julho de 2012

Entrevista com Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) ao BN, Bahia Notícias, em 26/03/12

 

Publicado originalmente em 26/03/2012 por VideosBahiaNoticias. Link original: http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=UYD_ndX7voI

Na entrevista ouvimos que homofobia é o racismo anti-homossexual (aos 33 segundos).

A primeira causa de assassinatos citada é a violência generalizada, assim como a segunda, que pareceu ser apontada como cultural.

Tenta-se comparar os crimes contra homossexuais com crimes por causa da cor de pele ou com os crimes contra a mulher. Apareceu até "...lavar com sangue o PECADO" e aí fica a pergunta: uma tentativa de justificar assassinatos ocorridos por causa de alguma "orientação religiosa"?

Os números dados pelo entrevistado afirmam a, felizmente, baixíssima incidência de crimes de morte contra homossexuais.

Ao logo do vídeo percebemos claramente que os crimes contra homossexuais seriam, segundo o entrevistado, crimes de ódio, não havendo, portanto, a possibilidade de outros tipos de crimes como roubo seguido de morte, "acerto de contas" como se diz no jargão popular, auto-defesa, etc.

O GGB divulga em seu site uma cartilha*** cujo nome é "GAY VIVO NÃO DORME COM O INIMIGO: Manual de sobrevivência homossexual - Dicas para evitar a violência anti-gay" com dez cuidados que o homossexual deve ter para evitar a violência. TODOS eles estão relacionados ao relaciionamento íntimo homossexual, como se pode ver aqui: http://www.ggb.org.br/manual.html.

Perguntamos: estaria errada uma correção ao texto básico? Ou seja, ao invés de "GAY VIVO NÃO DORME COM O INIMIGO..." não seria correto dizer "GAY VIVO NÃO DORME COM O "GAY" INIMIGO"?

Os dizeres originais do vídeo estão abaixo:

O antropólogo Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB) deu uma entrevista exclusiva para o Bahia Notícias a respeito dos números que colocam Salvador no primeiro lugar no pódio quando o assunto é assassinato de homossexuais em 2012. No bate papo, Mott critica ainda a segurança pública como um todo no estado e rebate aos que criticam as estatísticas com o argumento de que nem todos os crimes contra homossexuais são motivados por homofobia. "Quando as feministas divulgam os dados de agressão à mulher alguém questiona?", pergunta. Sempre polêmico, Mott ainda responde à questão: "Você prefere ter um filho homofóbico ou ladrão"?

 

 

 

***

GGB, GRUPO GAY DA BAHIA, em http://www.ggb.org.br/manual.html

ORIENTAÇÕES

Gay VDDO NÃO dorme com o inimigo
Manual de sobrevivência homossexual - Dicas para evitar a violência anti-gay

  1. Evite levar desconhecidos ou garotos de programa para casa. Prefira fazer programas em hotéis, motéis e saunas;
  2. Investigue a vida da pessoa com quem pretende sair. Prefira pessoas indicadas por amigos;
  3. Só faça programas com elas depois de ter certeza que são de confiança;
  4. Nunca beba líquidos oferecidos pelo parceiro eventual. A bebida pode conter soníferos;
  5. famoso "Boa Noite Cinderela". Em um bar, boate... se você, precisar ir ao banheiro, etc.. leve o copo consigo, ou, invente uma desculpa e jogue o liquido fora;
  6. Se levar alguém para casa, não o esconda do porteiro, ou de vizinhos. Eles podem ajudá-lo na hora do perigo. É sempre bom ter uma boa relação com esse pessoal. Na hora do babado, eles sempre são solidários;
  7. Se for possível, não esconda que é gay. Isso evita chantagem e extorsão;
  8. Não se sinta inferior. Não se mostre indefeso, evite demonstrar passividade, medo, submissão. Não cultive o tipo machão, ou pelo menos não mostre que o valoriza tanto;
  9. Evite fazer programa com mais de um michê. Antes da transa, acerte todos os detalhes : preço, duração, preferências eróticas ( se ele aceita, por exemplo, ser passivo);
  10. Não humilhe o parceiro. Não exiba jóias, riqueza ou símbolos de superioridade que despertem cobiça. O garoto de programa quase sempre é de classe inferior à sua;
  11. Se o encontro for na sua casa, tranque a porta e esconda a chave. Não deixe armas, facas e objetos perigosos à vista, você é dono da casa e deve dominar a situação;
  12. Quando for agredido, procure a polícia, peça exame de corpo delito e denuncie o caso aos grupos de ativistas homossexuais. Lembre-se que as Delegacias de Polícia são públicas. Se foi mal tratado pelo oficial, chame o Delegado Titular, se ele não estiver chame o plantonista. Se mesmo assim, for mal atendido, entre com uma ação contra a delegacia. Não tenha medo!

SOS CONTRA VIOLÊNCIA ANTI-GAY

Fone: (071) 322-2552

ggb@ggb.org.br

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